Analisando a Reforma Política do Partido dos Trabalhadores

Quando milhões foram às ruas protestar contra o governo Dilma, os petistas ficaram nas redes sociais escandalizando os movimentos e cla...


Quando milhões foram às ruas protestar contra o governo Dilma, os petistas ficaram nas redes sociais escandalizando os movimentos e clamando pela Reforma Política da presidente, como se o programa fosse a oitava maravilha do mundo. Decidi então expor e comentar os pontos da reforma petista.

1 - Plebiscito Constituinte - a participação do "povo"
Sim, povo entre aspas. A participação popular que os partidos de esquerda tanto apoiam com a nova reforma pode ser observada nessa lista das organizações que apoiam o plebiscito; duvido você achar algo que não tenha um certo "teor vermelho" - vide MST, o número de sindicatos (entre 374 e 483) e, claro, os partidos participantes: PcdoB, PCML, PCR, PT e PSB. Pesquisem e descubram o significado dessas siglas.

2 - Cotas para mulheres - a segregação de gênero
Precisa falar alguma coisa? O Brasil possui uma representação feminina na política de apenas 10%, e a solução, como para qualquer problema, são cotas. O resultado todo mundo já sabe, mais Gleisis Hoffmans e Manuelas D'ávilas para envergonhar a política brasileira. As cotas sempre serão a forma mais eficaz de segregar dois grupos, como já fora explicado nesse post aqui.

3 - Financiamento público de campanha - mais corrupção pelas nossas costas
Se enquanto as empresas são obrigadas a prestar contas de quanto doaram para os partidos já há corrupção nas atuais dimensões, imagine se isso "não existir mais". Só num mundo utópico isso seria o correto, com apenas um valor unitário para todos os partidos políticos, não num país com uma hegemonia considerável de 3, 4 partidos. É visivelmente uma oportunidade grande de corrupção, e não estou sendo pessimista.

4 - Fortalecimento de partidos pelo voto em lista pré-ordenada - não no Brasil
No voto em lista pré-ordenada, o partido apresenta uma relação de políticos antes das eleições, em ordem de preferência. Dependendo do número de votos para cada partido, determinado número de políticos são eleitos. Esse sistema é necessário para o financiamento público de campanha e tem pontos positivos - como a inexistência de coligações - porém o objetivo é fazer um voto mais partidário e mais ideológico, e nem precisa dizer a ideologia que difunde nos partidos do Brasil. Ou você caiu no conto da Social-Democracia de direita?

O PMDB também apresentou um projeto de Reforma e o PSDB deve apresentar após a Páscoa. Esperamos ideias diferentes e convictas, não apenas ideias esporádicas de perceptível interesse partidário.

Obs.: O projeto do PT está no site oficial, aqui.
Indico também a leitura desse artigo do site Spotniks, fonte da imagem e de algumas informações.

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